Além de ser um termômetro do relacionamento, o sexo também faz bem para a saúde e ainda ajuda a queimar algumas calorias. Mas a compulsão por sexo pode se tornar um problema!
É muito fácil diferenciar o comportamento normal de um doentio em relação ao sexo: entre os dependentes, o sexo é uma prioridade, independentemente de onde estiver e com quem estiver – representa muito mais do que um desejo.
Quem sofre de compulsão sexual tem seus pensamentos totalmente tomados por desejos eróticos a todo momento e a busca incessante por satisfazer estes desejos sexuais expõe estas pessoas a diversos riscos.
A pessoa abre mão da hora do almoço, falta ao trabalho ou se ausenta de suas atividades para procurar um parceiro ou para se masturbar. Nada é mais importante que isso, nem o lazer, nem as relações sociais, nada.
Uma pessoa que não tem o distúrbio pode se sentir atraída por alguém, mas resiste à tentação de abordá-la. Com o dependente isso é diferente. Ele não consegue ‘negociar’ com seus desejos.
E o pior é que quanto mais o dependente faz sexo ou se masturba, mais ele tem vontade de repetir o ato. Como um dependente químico, esse indivíduo vai precisando de doses cada vez maiores de dopamina, liberada pelo cérebro, toda vez que há sensação de prazer. A diferença é que ele não precisa de um fator externo, como a droga ou o álcool, para que haja essa descarga hormonal.
Ninguém se torna dependente de sexo da noite para o dia ou a partir de uma experiência desagradável. Tanto o homem como a mulher apresentam os comportamentos característicos da doença entre o final da adolescência e o início da vida adulta. É nessa fase que eles começam a se interessar exageradamente por sexo. Entre os 20 e os 30 anos, o problema ganha intensidade.
Como não têm autocontrole, os compulsivos por sexo costumam se sentir culpados e, consequentemente, passam a se autodepreciar. Os relacionamentos mais próximos também podem ficar abalados, especialmente se a mulher ou o homem tiver parceiros fixos.
Uma pessoa que não consegue ter uma vida normal devido seus impulsos sexuais necessita fazer um tratamento sério e adequado para que possa ter uma vida saudável em todos os aspectos, não só a vida sexual.
E para buscar ajuda os pacientes devem recorrer a serviço médico que ofereça atendimento com psiquiatras e psicólogos para tratar sua relação desequilibrada com a sexualidade.
Não há cura, porém, a relação com a dependência pode ser revista e mesmo modificada. O que o tratamento vai dar para a pessoa é a possibilidade dela escolher o que vai fazer com seus impulsos.
Sergio Castillo
Clínica Grand House
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