Fábio Assunção, ator da Globo, é um dependente químico. É desagradável e triste o estigma que os dependentes químicos carregam: “bandido”, “baixaria”, “fraco”, “bêbado”, “drogado”.
A crueldade das pessoas em relação ao ator no episódio de Arcoverde, Pernambuco é assustadora. Em pouco tempo as imagens tomaram as redes sociais e começou o velho estigma a reinar e o ator passou a ser achincalhado. Fábio Assunção pagou fiança e não ficou preso. Teve que vir às redes sociais se desculpar publicamente por ter se excedido.
A realidade é que quando acontece um episódio como este (uma recaída, algo que pode acontecer com um dependente químico- caso ele de alguma forma passe a negligenciar os sintomas de sua doença) a frustração e a marginalização é geral, não só da família mas também de toda a sociedade e geralmente ninguém sabe como lidar com isso!
Como alguém que tem hipertensão, diabetes, ele deveria ser tratado como um doente, precisando de ajuda. Sem preconceito e marginalização.
Como se sabe, Fábio Assunção foi internado em 2008. Pai de dois filhos, já foi casado com a atriz Cláudia Abreu. Depois da internação ele deu várias entrevistas e disse que era “libertador assumir a doença”.
Neste meio tempo, muito julgado. Por um atraso no trabalho, disseram que era recaída. Em um esquecimento de texto, lapso de memória causado pelo uso da cocaína. Enfim, ficou marcado. E agora, infelizmente, Fábio Assunção correspondeu a essas expectativas.
Nós, que lutamos tanto contra o uso abusivo de álcool e outras drogas (crack, cocaína – entre outras), queremos e esperamos que Fábio, mais uma vez, tenha coragem e forças de se tratar.
Ele tem uma linda carreira e é um excelente ator. Tem história e muitos recursos internos para recomeçar quantas vezes for necessário. Embora, para uma pessoa famosa é mais difícil, pois tudo que faz é amplificado, este não é um caso sem solução. Sempre é possível a recuperação.
A dependência química é uma doença sem cura, porém o processo pode ser controlado e é possível viver em abstinência e recuperação. Basta que o dependente química receba a ajuda e se submeta ao tratamento necessário.
Como figura pública, que Fabio consiga mostrar ao mundo que um dependente químico pode ter rosto, voz e uma linda história de superação e de vida.
Sergio Castillo
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